♥ Resenha - Azul da Cor do Mar ♥

Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho

Livro: Azul da Cor do Mar

Subtítulo: Em Vez de Fugir das Lembranças, Por que Não ir Atrás Delas?

Autor: Marina Carvalho

Editora: Novo Conceito

Ano: 2014

Edição: 1

Páginas: 336

Sinopse:

ACASO, DESTINO OU LOUCURA? No caso de Rafaela, pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível.

Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A ideia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando da Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do mundo.

Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços –, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego.
Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.

Minha Opinião:

Só a Marina para dar vida à uma história tão incrível quanto esta, graças à uma mochila xadrez! Mas vamos lá!

Tudo começa em Iriri, Espírito Santo, na casa dos avós de Rafaela. Ela tinha 11 anos e passava as férias com sua família. Certo dia, Rafaela estava na praia acompanhando sua avó em uma caminhada, até que avistou ele: o menino da mochila xadrez. O rapaz tinha lindos olhos Azuis da Cor do Mar, a mochila nas costas e um bilhete na mão. Seu rosto não parecia feliz, mas toda essa equação poderosa resultou apenas no encantamento de Rafaela, que passou a venerar o menino da mochila xadrez por toda a adolescência.

Dez anos depois, Rafaela acaba de conseguir um estágio no jornal Folha de Minas. Ela está no último ano de Jornalismo na PUC-Minas e tem grande destaque na turma. O jornal parece uma oportunidade perfeita para ampliar as portas de sua carreira, mas infelizmente, Rafa deve ser a sombra do jornalista Bernardo, que não é nada simpático ou receptivo. 

Ao começarem o trabalho, Bernardo é bem rude com Rafa, mas ela não se amedronta e tem sempre uma resposta na ponta da língua. Mas conforme os dias passam e com matérias mais elaboradas, os dois trabalham juntos, percebendo que essa parceria pode não ser uma coisa ruim. 

Bernardo passa a ser menos implicante e mostra um lado mais carinhoso, e Rafa, quem diria, parece estar se apaixonando por ele. 

Tudo muda entre os jornalistas e colegas de trabalho após uma viagem até Caxambu para uma matéria, onde os dois têm a oportunidade de um tempo integral juntos e o que antes era vontade, PODE se tornar realidade. 

Mas será que vai mesmo? Rafa vai abrir mão do menino de Iriri? Será que Bernardo é mesmo um monstro ou está se fazendo de santo, depois de tanto tempo de trabalho? Só lendo mesmo para conferir!

Sobre os personagens:

Rafaela é bem divertida e extrovertida!  Logo podemos nos apegar a ela. Se dá bem com todos os colegas de trabalho, menos Bernardo, claro. E consegue até fazer um deles se apaixonar por ela, o Marcelo, que fica no pé dela, mas ele não é aquele alguém que Rafa tanto espera.

Ela vive com dois de seus três irmão (Só Jesus na vida dela!), e tem quatro amigas maravilhosas e fieis. Bom, quase todas.  

Rafa escreveu por toda a vida cartas para o menino da mochila xadrez. Ela guarda todas, e ao longo do livro vemos algumas dessas preciosas cartinhas de ilusão.

O Bernardo é uma figura! Ele irrita demais, mas é super divertido! A Rafa vivia lhe chamando de "cria de satanás"  (repreendido, Jesus) o que era bem cômico. Ele chega a fazer ciúmes em Rafa com uma de suas amigas, vê se pode?!  Mas depois ele mostra que pode ser bem fofo, cuidadoso, carinhoso e... ai! Que homem! Rs! 

Mini Spoiler:

Achei interessante o fato de Rafa deixar a sua ilusão adolescente e resolver ficar com o Bernardo. Não que seria algo inesperado, mas porque vemos um conflito que toda a garota passa: o momento de decidir crescer. Deixar o passado de lado, as ilusões infantis, os sonhos de criança, para viver algo palpável e real. Achei algo muito cativante.

Sobre a diagramação:

A diagramação é muito fofa! Há desenhos variados na divisão de capítulos e no início de cada um. E as cartas, e-mails e conversas são em fontes fofas ou curvadas. Adorei!

No início de cada capítulo há, também, um trecho do Manual da Redação do Folha de São Paulo.

Resumindo, galera, o livro é ótimo! Tem tudo o que um chick-lit precisa para ser perfeito. 

O final não é exatamente um... final! Rs! Então fico na esperança de mais histórias dessa dupla de jornalistas maravilhosos. Quem sabe em uma matéria fora do Brasil? Ou algo mais surpreendente ainda! A Marina sempre me surpreende com a sua escrita perfeita, divertida e de tirar o fôlego!

Recomendo o livro que tem uma leitura fácil, divertida, leve e deliciosa!  

Nota 5/5